segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Primeira mensagem do ano

Peço desculpas aos meus amigos leitores desse blog, pela falta de consideração em não desejar um FELIZ ANO NOVO.

Felizmente ainda estamos em janeiro e posso, ao menos, enviar uma mensagem de positividade, bom início, ótimos dias de luz, bastante felicidade e sinceros agradecimentos pelas leituras, opiniões e analises. Todas são muito importantes para meu texto, amadurecimento...para mim no geral!

Espero que, por mais um ano, todos os amigos leiam, comentem e, principalmente, colaborem me emprestando livros, cds, dvds de filmes, musicais, entre outros interesses, para que cada dia esse blog fique mais rico, mais variados, mais a cara de todas as pessoas que me apóiam, estão sempre por perto. Incluo nisso meu namorado...que ele continue testando comidas, fazendo estripolias na cozinha e me alimentando bem (apesar de já estar bastante gordinha), para eu poder escrever sobre as experiências gastronômicas de um chef em ascensão.

Mais uma vez obrigada a todos e que 2011 seja um ano daqueles!!!

Para o início dessa temporada escreverei sobre dois livros. Um já está com a resenha praticamente pronta e outro ainda em leitura. Minha querida amiga Amanda vai me emprestar mais um sobre religião, que escreverei logo depois
.
Quem tiver idéias, sugestões, podem me enviar, porque sou curiosa e acima de tudo adoro conhecer e saber sobre tudo...como uma boa jornalista deve ser.

Com certeza farei uma análise prática, nada profundo... sem mimimis

sábado, 4 de dezembro de 2010

...o lado mal é o candomblé...será?

Para complementar o post anterior, vai um vídeo do Natiruts, de 99: Palmares!

Afinal o que é o preconceito?

"Para bem conhecer uma coisa é preciso tudo ver, tudo aprofundar, comparar todas as opiniões, ouvir os prós e os contras" - Allan Kardec [Revista Espírita, setembro de 1866]

Para dar introdução à crítica do livro que li recentemente: Tambores de Angola, realizei uma consulta rápida em um dos "pai dos burros" mais conhecidos, o Aurélio. E a palavra que está diretamente ligada com o que fala o livro é o preconceito.

preconceito . [De pre- + conceito.] S. m. 1. Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. P. ext. Superstição, crendice; prejuízo. 4. P. ext. Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.

Escolhi essa palavra, porque foi tentando eliminá-la que resolvi aceitar a leitura desse livro. Tambores de Angola me levou ao candomblé, à umbanda, à Africa antiga, Aruanda e às palavras perdão e caridade. Escrito por Robson Pinheiro, que incorporou o espírito Ângelo Inácio, o livro conta a história de Erasmino, morador da cidade de São Paulo, que com problemas espirituais, mas corretamente dizendo obsessões, incentivadas pela vida baseada em sexo, bebidas e atitudes que tinha, se viu incorporando um espírito, inimigo de outras reencarnações que queria vingança. Esses mesmos efeitos físicos faziam da vida dele uma desordem, porque, sem conhecimento e não acreditando em nenhuma religião, não buscava ajuda. Durante as explicações sobre as duas religiões, o narrador (Ângelo Inácio), que era inclusive, um jornalista desencarnado, conta a história de Erasmino e como ele se encontra com a umbanda e a doutrina espírita.

Por falar em vingança, infelizmente, foi ela um dos motivos do preconceitos que as pessoas tem contra essas religiões. Pelo que li, tudo começou na época da escravidão, em que milhares de negros foram transportados para o Brasil como animais e desrespeitados em seus cultos. Com toda revolta, muitos dedicavam suas oferendas para espíritos trevosos, que se alimentavam de ódio e rancor contra o homem branco. Há uma passagem do livro que explica como isso ocorreu.

"Desde que os negros foram tirados de sua terra, na África, vieram para o Brasil com o rancor e o ódio em seus corações, pois muitos foram enganados pelo homem branco e feitos prisioneiros e escravos, feridos em sua dignidade, distantes da pátria e dos que amavam. Foram transcorrendo os anos de lutas e dores, e o negro mantinha, em seus costumes e na religião, a invocação das forças da natureza, as quais chamavam de orixás, espécie de deuses a quem cultuavam com todo fervor de suas vidas. Aprenderam com o tempo a se vingar de seus senhores e déspotas, através de pactos com entidades perversas e com a magia negra, que outra coisa não era senão as energias magnéticas de forma equivocada. (...) A psicosfera criada no ambiente da nação brasileira foi de tal maneira violenta que entidades ligadas aos lugares de sofrimento nas senzalas encarnavam e desencarnavam conservando ódio nos corações, com exceção daquelas que entendiam o aspecto espiritual da vida".
Porém, entidades desenvolvidas espiritualmente começaram um trabalho no plano espiritual, para desfazer esses cultos à magia negra, com entidade iluminadas que modificariam suas formas perispirituais, assumindo a conformação de pretos-velhos e caboclos, que levariam a mensagem de caridade por meio da umbanda.

Uma coisa que achei interessante em toda a leitura, é que há explicações plausíveis, porque retrata um Brasil colônia, explorado por homens brancos sujos, que subordinavam uma raça que achavam ser insignificante pela cor e credo. Além disso, o livro me fez refletir em tanta incompreensão, falta de humildade e amor, que é o momento que o mundo vive, não só o país. O desrespeito com o próximo, a chacota contra o Deus do outro, mas que com essa leitura, percebi que Jesus pode ser Yeshua, Oxalá, Jeová, Yová, entre outros.

Para quem não tem preconceito, vale dar uma lida! Achei que, mesmo que as pessoas encarem como duvidoso, aflora, pelo menos em mim senti isso, um sentimento de respeito às escolhas e opiniões do próximo, porque, afinal, não somos os donos da verdade, muito menos do livre arbítrio individual. Isso entra em dois mandamentos que, incansavelmente, tento inserir cada vez mais no meu dia a dia: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo com a ti mesmo.

E para finalizar, deixo uma trecho da música "Palmares" e em um outro post o vídeo do Natiruts, de 1999, que fala um pouco sobre a crítica à cor e ao candomblé.

(...) Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não (...)

Rufem os tambores

Depois de uma longa primavera, resolvi escrever um post sobre um livro indicado por uma grande amiga. Primeiro, devo dizer que parei de ler e continuei várias vezes ou em um curto espaço de tempo ou não...Em uma das vezes mandei uma mensagem pra ela dizendo: Comecei do início de novo. Ao final do dia seguinte enviei outra: Terminei, vou escrever um texto sobre.
O conteúdo do post talvez não interesse para muitos, porque se trata de uma religião que sofre bastante preconceito. Mas como jornalista e super curiosa, li, reli, marquei páginas com "orelhas" (desculpe, Amanda) e, enfim, me imergi. Claro que desconfiei um pouco do conteúdo e, talvez, da veracidade, mas com fatos históricos citados, decidi entender com outros olhos, o da espiritualidade.

Real ou não, o que duvido, Tambores de Angola me fez enxergar o candomblé e a umbanda com outros olhos. Percebi que muitos dos serviços prestados por essas religiões, com o passar dos anos, traduz-se em caridade, auxílio e doação ao próximo.

Para escrever com mínima prioridade essa crítica, tive que resgatar estudos que fiz há alguns anos, logo após a morte da minha querida avó materna, quando resolvi estudar a doutrina espírita kardecista. Na verdade, encontrei muita coisa boa e ruim também, como toda coisa realizada pelo ser humano, que não é perfeito. Mas consegui entender alguns fenômenos que ocorrem com nosso espírito, enfim, não vou comentar, porque senão o post fica extremamente cansativo.

Uma coisa importante ressaltar é que não pretendo desmistificar religão alguma com esse texto, mesmo porque isso não é discutível, assim como futebol e política. Mas espero que aproveitem a leitura para avaliar e comentarem depois, claro!

sábado, 16 de outubro de 2010

Luiza, Luiza, Luiza....

Para quem gosta. Posto uma musiquinha que gosto muito....

Olha! Que brisa é essa...

Que atravessa a imensidão do mar?
(...) Praia, pedra e areia boto e sereia, os olhos de Iemanjá...

Com essa música linda, que dá vontade de dançar na beira da praia, Luiza Possi começou o show no Paulo Machado de Carvalho em São Caetano do Sul. Embora pouco divulgado, minha amiga, super antenada nos eventos da cidade, me descolou ingressos mais baratos e fomos. Nos 'jogamos' de corpo de alma na voz linda e perfeita da Luiza. Depois de tanto planejar shows, esse deu certo, enfim. Umas 20h30 ela entrou no palco. Depois dos aplausos caloros, ela começou....

Gente, o que essa mulher canta, dança e toca ao vivo não é brincadeira. Todos os arrepios, memórias, declarações de amor que tive na vida me passaram na cabeça. A filha de Zizi Possi mostra que veio pra ficar na MPB, com músicas de qualidade, um timbre excepcional e claro, uma banda que toca muito bem. Todos os melhores hits ela cantou, entre eles: "Pedra e Areia", que abriu maravilhosamente o show; "Gandaia das Ondas"; "Eu não vou"; "Seu nome"; "Dias Iguais", além de "Folhetim", já interpretado pela sua mãe e finalizou o show com "Me faz bem" e a música composição do Paulinho Moska, "Não diga que eu não te dei nada".

Entre elogios e aplausos da platéia, a cantora ficou lisonjeada, mas nada tímida, interagindo com todos. Eu diria que ela esbanja carisma e simpatia às tantas!!! O show acabou depois de uma hora e meia e já virei mais do que fã da Luiza.

Só que alegria de pobre dura pouco e sem grana, nem pude comprar um CD autografado, mas tudo bem, terei outras oportunidades. Isso se a cidade de São Caetano divulgar melhor as atrações, porque o único cartaz que vi sobre o show da Luiza, estava no frango assado da padaria Ben Hur (uma das patrocinadoras, inclusive). Ah sim, essa informação só entenderá melhor quem mora na cidade e sabe onde compra frango na Ben Hur (hahahaha)

Aliás, se você que lê meu blog conhecer alguém que possa me responder esse post e tenha a consideração de me falar onde encontro uma agenda de arte da cidade, me avise, por favor. Estou ansiosa aguardando a resposta. 

Deixa o sol brilhar....


Esse é o primeiro CD da banda Mohvibe:

Dan (voz e violão)
Allam (percussão)
Bani (guitarra)
Lulo (bateria)
Duds (baixo)
Lú (teclados e flauta)


Amigos de longa data que se juntaram para contribuir com o seu melhor para o reggae.


Sinceramente achei o CD curto. Como brinquei: um orgasmo incompleto. Tá. Tudo bem. Eu sei que um CD demo, aliás, uma obra independente, geralmente só acompanha algumas músicas, incluindo cover de outras bandas. Porém, não posso deixar de dizer que isso é triste. Alias, como disse no post anterior, isso acontece praticamente no país inteiro.

Voltando à banda...
Eu adorei o som e se queriam passar uma mensagem de paz, vibrações positivas e...praia. Conseguiram! Não posso escrever com prioridade sobre a parte musical em si, mas o que ouço me agrada, e muito.

A obra é composta de cinco faixas, as duas primeiras são composições próprias (Deixa as coisas assim e Lual do farol) e as outras três são na ordem: Natiruts (O Carcará e a rosa), Chimarruts (Saber voar) e Cidade Negra (A sombra da maldade).

O que acho mais legal, é que as músicas (as deles mesmo) te transportam para outro lugar, para um por do sol numa praia com um farol. Sabe quando a tarde chega e você está "brisando" no mar? É isso. Se você já viveu uma experiência dessa, então vai entender. Se não viveu, pega o carro agora e corre pra praia mais próxima e fica lá, só vendo a gandaia das ondas. É a sensação mais gostosa do mundo.
Então, imagina isso na rotina do dia a dia. Você tem vontade de, com a banda, andar 'dançandinho' na rua, no gingado do reggae e se estiver no carro, vai desejar a luz do farol. Eu mesma já me peguei no trânsito ouvindo o CD, relaxando e pensando em algumas praias que estive, que foram poucas, mas que foram as melhores viagens.

Vamos aos arranjos. Quanto a isso, sou suspeita de falar, porque acho muito bons. Inclusive, nas músicas cover fui ouvir as bandas originais e comparar o som, claaaaro que fiz isso, senão não poderia avaliar, oras! A Mohvibe toca com arranjos mais sensíveis, parece que a música tem um 'gingado' maior. A sensibilidade para eles é uma coisa nítida.

Agora, uma coisa que me agradou foi a voz do vocalista. Os timbres são equilibrados e ele não se ateve aqueles clichês de todo estilo musical, que é ficar fiel aos vocalistas de outras bandas. Simplesmente solta a voz e canta, como se estivesse detalhando o momento que vive. Isso passa uma coisa muito boa na música, que é aquele arrepiozinho gostoso.

Para finalizar, espero que a banda dê certo, porque todo começo é complicado mesmo. Que continue com o apoio dos amigos e familiares, que de tanta gente, quase não coube nos agradecimentos do encarte. E que venha o novo CD, com composições próprias, mensagens positivas, mostrando que o forte da música não é o dinheiro, mas a arte.

A expressão dos sentimentos e de todos os sentidos é impagável.

Mais um CD que gostei. Aguardo novidades da banda Mohvibe para o próximo ano. Para quem quiser conhecer e ouvir a banda, pode acessar
 www.mohvibe.com.br ou www.palcomp3.com.br/mohvibe.